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Revista Eletrônica do Centro de Estudos do Imaginário
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Resenhas Entrevistas Biblioteca |
3.1 Imaginário – a imagem Nordeste em fantasia Os três primeiros conceitos dizem respeito à representação
simbólica, que é uma interpretação da realidade,
estratégia presente em todo ser humano, que tenta apreender o
mundo que o circunda para nele poder se relacionar. Todo o comportamento
humano é baseado naquilo que ele conhece da realidade, a que
Laplantine chama de real, que ele define como sendo "a interpretação
que os homens atribuem à realidade." (1997, p.12). Assim, o imaginário
é uma das formas de interpretação simbólica
do mundo, embora não seja a única, pois há ainda
a representação intelectual ou cognitiva. Em seu livro
O que é imaginário, Laplantine identifica o diferencial
entre o processo representativo imaginário e o intelectual: no
imaginário é possível criar "uma imagem e uma relação
que não são dadas diretamente na percepção"
(1997, p.24). O imaginário permite assim uma construção que
não necessariamente corresponda em todos os aspectos à
realidade, mas que tenha alguma conexão com ela. A estratégia
do imaginário é tão somente deslocar o "estímulo
perceptual," ou seja, a apreensão da realidade de tal maneira
a criar "novas relações inexistentes no real."
(LAPLANTINE, 1997, p. 25). Por ser uma representação simbólica, o imaginário
trabalha com construção de símbolos, que é
a atribuição de significados, a idéia representativa
de um dado da realidade. Entretanto, por serem fruto da imaginação,
os símbolos construídos pelo imaginário não
exigem comprovação, comparação ou verificação
com o real. Quando representamos o Nordeste, é a símbolos
que nos referimos sempre, não à própria realidade
em si; são imagens e representações mentais que
não são o Nordeste, mas que falam por ele, como a seca,
a terra rachada, o cactus etc. Inúmeras vezes o texto Nordeste
se apropria do imaginário em suas construções simbólicas.
O objeto Nordeste é, através de símbolos imaginários
ou não, dotado de significados e esses significados não
são inoperantes, mas despertam sentimentos que impelem a ação
humana e a legitimam. Os significantes de que são dotados os
símbolos formam uma teia que une as construções
dos estereótipos e das identidades, conceitos fundamentais para
este trabalho. Os símbolos evocam também diferentes olhares
e entendimentos diversos, pois mobiliza a subjetividade das emoções.
Um mesmo símbolo pode suscitar orgulho em um e desprezo em outro,
mas ambos estarão amparados por uma realidade comum representada. "... os símbolos são polissêmicos e polivalentes,
aparando-se também no referencial siginificante que lhes propicia
os sentidos, os quais contêm significações afetivas
e são mobilizadores de comportamentos sociais. A eficácia
dos símbolos consiste nesse caráter mobilizador e promotor
das experiências cotidianas: os símbolos permitem a cura
de doenças psicossomáticas e fazem emergir emoções
como: raiva, violência, nostalgia e euforia." (LAPLANTINE,
1997, p. 22) Essa polissemia e polivalência simbólica abre espaço
para uma disputa de poder para associar determinados sentimentos a determinados
símbolos representativos. No jogo de associações
relativas ao Nordeste estão presentes os nordestinos e os não
nordestinos. Essa tensão é aquela descrita no capítulo
um, em que a delimitação de quem somos "nós"
passa pela diferenciação de quem são "eles,"
e, para que "nós" tenhamos uma boa imagem, é
necessário que sejamos o oposto de tudo aquilo que de negativo
vemos "neles." Exemplo disso é percebido em Luiz Gonzaga,
que canta para o nordestino que imigrou para o Sul, agenciando os símbolos
nordestinos, evocando assim o sentimento de saudade e orgulho da terra
natal. Ele traz nas suas indumentárias, no sotaque, nas letras
e no ritmo de suas músicas símbolos capazes de trazer
à mente de seus conterrâneos a realidade Nordeste. Essa
realidade vem provida de uma interpretação própria,
mobilizadas pelos e incluídas nos símbolos. Isso não
quer dizer que essa significação não seja dinâmica.
Em sua tese de doutorado Luiz Gonzaga, o sertão em movimento,
Sulamita Vieira mostra que a trajetória do baião se confunde
com a dinâmica da cultura. Algo muito representativo está
em movimento. São signos em ininterrupto processo de semiose.
Para Sulamita Vieira, a música de Luiz Gonzaga: "(...)contém narrativas bastante interessantes, conta histórias,
relata visões de mundo, fala de costumes, de tradições,
do universo religioso, da política, enfim, traz uma espécie
de 'marca' de uma região, ao mesmo tempo em que está
' articulada' com um universo mais amplo, ou, em outras palavras,
ela passeia pelos planos 'regional' e nacional." (VIEIRA, 1999,
p.) Símbolos nordestinos também são agenciados pelos
de fora. Numa propaganda recente do Governo Federal sobre o horário
de verão, o locutor afirma que o Nordeste também precisa
adotar a medida de contenção de energia, pois não
pode ficar "ainda mais atrasado em relação ao resto
do país," e que a região não pode mais continuar
sendo o "lanterninha" do país. Ora, o que é
feito aqui senão agenciar a imagem da região que estancou
no passado, e que, por causa de suas condições climáticas
desfavoráveis (e diferentes daquelas do resto do país)
não tem outra escolha a não ser viver de chapéu
estendido mendigando ajuda? Há também por trás
dessa mensagem a construção de uma imagem não só
do Nordeste, mas do outro que enuncia a mensagem: o Nordeste é
lanterninha porque alguém está na frente; o Nordeste é
símbolo do atraso porque alguém é símbolo
do avanço. A construção dessa imagem entretanto, não provém
somente dos não-nordestinos. Ela também é legitimada
e assumida pelos nordestinos. Em conversa com seu Lunga, perguntei o
que era, para ele, o Nordeste. O que veio em seguida foi uma crítica
veemente aos vereadores (que pode ser claramente entendido em seu discurso
como uma representação da classe política) que
só estavam preocupados em dar empregos a acessores e não
tomavam nenhuma providência para ajudar a população,
como por exemplo, levar energia para perto de todo rio da região,
de maneira que quem possuísse terras perto das águas pudesse
usar essa energia para bombear água para irrigação.
Ao mesmo tempo em que identifica a falta de empenho político
na solução dos problemas enfrentados pelos nordestinos,
seu Lunga assume o discurso da seca, ao afirmar que este é o
maior problema do Nordeste. Onde entra o imaginário na construção simbólica
do Nordeste? Laplantine (1997) responde a essa pergunta da seguinte
forma: "O imaginário, como mobilizador e evocador de imagens,
utiliza o simbólico para exprimir-se e existir e, por sua vez,
o simbólico pressupõe a capacidade imaginária."
(pp 23,24). O imaginário torna-se fundamental nessa construção,
pois dá a ela a liberdade e a flexibilidade que a interpretação
cognitiva da realidade não possui. Enquanto a representação
cognitiva só lida com relações observáveis
na realidade, "o imaginário (...) pode inventar, fingir,
improvisar, estabelecer correlações entre os objetos de
maneira improvável e sintetizar ou fundir essas imagens [primeiras
do real]." (LAPLANTINE, 1997, p. 27) Até que ponto o que ouvimos, lemos e sabemos a respeito de seu
Lunga é uma representação cognitiva, ou uma abstração
do real - tomando real segundo a definição dada por Laplantine,
de interpretação da realidade - ou uma construção
em que imagens e relações são "imaginadas" para
compor um personagem mais engraçado? Não resta dúvida,
através da constatação de que muitos não
sabem que seu Lunga é um homem de verdade, mas o têm apenas
como um protagonista de muitas anedotas, de que a identidade de seu
Lunga carrega forte dose de imaginário, ou seja, que nessa representação
há relações que vão além do que a
realidade nos mostra. Seu Lunga, contudo, não é pura invenção.
Apesar da presença do imaginário na construção
dessa personagem, houve um ponto de partida, um fato que tem relação
observável com a realidade: seu Lunga tem reações
rudes ao que considera colocações "imbecis."
Ele acha que o brasileiro fala muito errado, e isso o irrita, fazendo
com que ele dê respostas irônicas a seus interlocutores.
"(...) o imaginário não é a negação
total do real, mas apóia-se no real para transfigurá-lo
e deslocá-lo, criando novas relações no aparente
real." (LAPLANTINE, 1997, p. 28) 3.2 Identidade - a cara construída de um povo Antes de conceituar identidade, é importante falar da história
de controvérsias que há por trás desse conceito.
É óbvio que não é nesse conflito que se
centrará este trabalho, mas o conceito já foi contestado
por muitos teóricos fazendo com que seu uso fosse evitado. Isso,
porque identidade é um conceito que não comporta uma definição
única, como se acreditava inicialmente. Aristóteles criou
a teoria de que identidade é a "unidade da substância:" "Em sentido essencial, as coisas são idênticas
do mesmo modo em que são unidade, já que são
idênticas quando é uma só sua matéria (em
espécie ou em número) ou quando sua substância
é uma. É, portanto, evidente que a identidade de qualquer
modo é uma unidade, seja porque a unidade se refira a uma única
coisa, considerada como duas, como acontece quando se diz que a coisa
é idêntica a si mesma." (ARISTÓTELES
apud ABBAGNANO, 1982, p. 503) Leibniz é autor da segunda definição do conceito
de identidade que o aproxima "àquele de igualdade."
(1982, p. 503) Mas é a terceira definição de identidade
a mais interessante, pois admite que "a própria identidade
pode ser estabelecida ou reconhecida com base em qualquer critério
convencional." (p. 504) Esse conceito explicita o caráter
de construção da identidade, uma vez que os critérios
precisam ser "estabelecidos" e "reconhecidos." Dada essa explicação inicial sobre a conceituação
de identidade, passemos à definição com que trabalharei.
O conceito de identidade se trata de uma construção também
simbólica, uma representação que procura diferenciar
o "nós" do "eles." A definição de representação
que será utilizada diz respeito à construção
da identidade social, que é o que vai importar a este trabalho,
já que seu tema engloba a nordestinidade, que é uma marca
de coletividade. Vão ser válidas para a discussão
as hipóteses levantadas por Maura Penna (1992) sobre a condição
para se ter a identidade nordestina, quais sejam: a) a naturalidade;
b) a vivência; c) a cultura; e, por fim, d) a auto-atribuição.
As três primeiras hipóteses consideram um sujeito como
sendo pertinente a uma determinada identidade, aquele que satisfaz a
uma ou mais condições empíricas, que é "algo
dado (...) diretamente decorrente de algum fato observável."
Assim, a primeira condição para se ser nordestino, é
o local de nascimento. Se este está incluído no espaço
geográfico estabelecido e reconhecido como Nordeste, então
essa pessoa é automaticamente nordestina. O espaço geográfico,
para fins desse trabalho, reveste-se de fundamental importância,
pois o cenário que contextualiza meu objeto é um outro
objeto, tema suficiente para um outro trabalho monográfico. Falarei
mais sobre a cidade Juazeiro no início do próximo capítulo. O segundo aspecto é a experiência adquirida pelo tempo
em que se viveu nesse espaço Nordeste, e que faz de alguém
um nordestino. As práticas culturais também são
elementos definidores de quem são os nordestinos. A última
hipótese, entretanto, leva em consideração não
aspectos observáveis, mas a representação individual
– é nordestino aquele que se reconhece como tal. O jogo de reconhecimento é outro aspecto importante do processo
de formação da identidade social, onde está presente
a estratégia de homogeneização das diferenças.
As disparidades são colocadas em segundo plano, enquanto as semelhanças
são evidenciadas. Para que se sinta parte do grupo, o indivíduo
tem que ter semelhanças com os demais membros. A relação
de semelhança, entretanto, também é uma construção,
é um "elo dado (...) pelo interesse em perceber, que põe
em ação esquemas de percepção disponíveis
naquela sociedade determinada, num dado momento histórico."
(PENNA, 1992, p. 155) A construção da identidade também diz respeito
à apreensão e interpretação da realidade,
uma vez que é um processo de representação simbólica,
uma tentativa de compreensão de sua própria posição
no mundo. Essa construção se dá através
de esquemas classificatórios, que permite separar em "nós"
e "outros" a partir de critérios dados. Esses critérios
ou, segundo Penna (1992), esquemas de pensamento, são construções
históricas e sociais, sendo, assim, ao mesmo tempo estruturantes
e estruturadas do e pelo real. E sobre a natureza desse processo representativo,
a autora diz: "Uma vez que toda representação é
construída através de um processo de seleção
e esquematização, pode-se dizer que compõem um
'ponto de vista', uma redução da realidade da qual é,
por outro lado, a apreensão possível." (p.60) Como interpretação, a representação social
da identidade não pode ser tomada como algo estanque e definido,
como se identidade fosse uma "decorrência direta de alguma qualidade
intrínseca do objeto," e não o "fruto de uma abstração"
(PENNA, 1992, p. 156). Portanto, não é possível
falar em um modo de ser senão em modos de ser. O seu Lunga é
nordestino, é cearense, é comerciante, é pai de
família, mas é também personagem "folclórico"
do anedotário cearense. Nenhuma dessas marcas identitárias
encerram a realidade seu Lunga, e todas são classificações
que o englobam, são representações possíveis,
porque identidade no singular, é sempre plural. 3.3 Estereótipo Um terceiro conceito que guiará as análises é
o de estereótipo. Como os demais conceitos até aqui trabalhados,
estereótipo também é uma representação
mental, que busca, através de um "processo geral de esquematização,"
(MAISONNEUVE, 1977, p. 117) interpretar a realidade com construções
simplificadas e generalizadas sobre os mais variados fenômenos,
pessoas, classes, raças, profissões etc. O processo de estereotipização está na raiz da
formação da dizibilidade do Nordeste (não só
do Nordeste, mas de qualquer fenômeno) haja visto que os estereótipos
têm tendência a perdurar em palavras, slogans ou
"jargões." Mas os estereótipos também
podem ser de outra ordem, tais como visual ou auditivo; pode ser uma
pintura como "Retirantes" de Cândido Portinari ou pode
ser a fala cantada dos atores que interpretam personagens nordestinos
nas novelas da Globo. Essas generalizações simplistas
abrangem e representam o todo. Retomando o exemplo do cantor Luiz Gonzaga,
ele se apropriou de uma imagem estereotipada do nordestino ao assumir
o figurino do vaqueiro, com seu gibão e chapéu de couro.
Não é difícil ver como o processo de estereotipização
se dá com relação à construção
do personagem seu Lunga. Basta olhar para o subtítulo dos dois
cordéis que contam suas "histórias": O homem mais zangado
do mundo. Esta é uma interpretação simplista
e generalizante da personalidade rígida de seu Lunga. Dentre as características do estereótipo, estão
1. a uniformidade: o estereótipo é amplamente difundido
em um grupo ou população; 2. a simplicidade: a
realidade é verbalmente simplificada geralmente em um adjetivo
associado a uma palavra indutora; 3. a pregnância: o grau
de adesão ao estereótipo, que pode variar de acordo com
os indivíduos de superficial a profundo; 4. o tom afetivo:
posicionamento favorável ou contrário do estereótipo
em relação ao objeto representado e 5. o conteúdo:
os estereótipos contêm características distintivas
qualificadoras de seus portadores. (MAISONNEUVE, 1977, p. 116) A característica
da simplicidade é importante para a determinação
de todas as outras, pois a simplicidade torna o estereótipo fácil
de se uniformizar, ou seja, de se espalhar pelo grupo, pois é
facilmente retransmitida. A adesão ao estereótipo também
é beneficiada por sua simplicidade, pois sua idéia é
mais clara, portanto mais acessível para a adesão ou rejeição.
A simplicidade também torna o estereótipo de fácil
associação ao objeto estereotipado, ou seja, a característica
distintiva é evidenciada. Quanto ao tom afetivo vinculado ao
estereótipo, ele está inserido na própria palavra
utilizada, no caso um adjetivo, que mobiliza sentimentos de aceitação
ou rejeição. A característica da simplicidade faz
com que simples adjetivos sejam capazes de provocar tais sensações.
Diferentemente do imaginário, o estereótipo não
cria relações não observáveis na realidade,
somente toma uma característica específica do objeto a
ser representado e o enfatiza simploriamente quer seja num tom negativo
ou positivo uma vez que "o estereótipo não resulta nem
de escolha arbitrária, nem da percepção objetiva
de traços característicos de um grupo; trata-se de processo
de seleção e acentuação" (MAISONNEUVE, 1977,
p. 119). Sua construção está ligada às relações
sociais. Se esta for uma relação amigável, os estereótipos
dela procedentes terão tom afetivo positivo e vice-versa. 3.4 Humor O quarto e último conceito é o de humor, uma vez que
as histórias de Seu Lunga são contadas como anedotas.
O riso está presente em todas as épocas, mas cada uma
delas guarda as suas características particulares, pois "cada
época e cada povo possui seu próprio e específico
sentido de humor e de cômico, que às vezes é incompreensível
e inacessível em outras épocas" (PROPP, 1992, p.32) Tome-se
como exemplo o filme recentemente lançado, Gladiador,
onde na constituição de Roma antiga, os espetáculos
de diversão dos romanos eram combates mortais, onde homens perdiam
a vida banalmente, e isso era engraçado. Hoje, esse tipo de riso
não faz sentido, é incompreensível. O homem ri de si mesmo e dos outros. Ri das manifestações
físicas e exteriores, mas ri também das características
da personalidade ou espirituais dos homens. Pode até rir de animais,
mas só quando estes possuem alguma característica que
se associa ao próprio homem. O riso pode ser provocado pelo indivíduo
quando involuntariamente revela "os lados cômicos de sua natureza,
de suas ações" (PROPP, 1992, p.29). Mas o riso também
pode ser suscitado por aquele que zomba, e esse é o tipo mais
comum de riso. Por possuir uma característica que não condiz com a semelhança
estereotipada estabelecida da identidade nordestina, nós rimos
do seu Lunga. "...toda particularidade ou estranheza que distingue
uma pessoa do meio que a circunda pode torná-la ridícula."
(PROPP, 1992, p. 59). Ele não é engraçado por sua
natureza, mas pegou-se uma sua característica e caricaturou-se,
ou seja, assim como no estereótipo, é um recorte que vai
ser enfatizado, e, no caso da caricatura, exagerado para se obter o
efeito cômico. A caricaturização possui similaridades com o estereótipo
e com o imaginário. Primeiramente, o processo de caricaturização
vai tomar, como no estereótipo, um elemento dado na realidade.
A caricatura não "inventa" essa característica,
mas ao exagerar, esse processo vai se assemelhar ao do imaginário,
pois ele vai se abstrair da realidade, vai criar relações
que não são observáveis nela. Então, a semelhança
com o estereótipo está no ponto de partida no real, e com
o imaginário está na sua posterior abstração
dele. | ||
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